sexta-feira, 30 de março de 2012

Arte

Amo o cheiro de pó. Amo as cortinas estendidas. Amo o barulho de madeira velha. Amo os espelhos enfileirados. Amo as luzinhas de abajur que silenciosas acompanham a transformação. Amo ser homem, mulher, anjo, demônio, criança, velho, jovem, mãe, prostituta, avó, empregada. Amo ser tantas pessoas em uma só. Amo mergulhar de corpo e alma. Amo a dor que consome minha carne e meus ossos após a entrega. Amo o som dos aplausos. Amo chorar, sorrir, sofrer, matar, morrer. Tanto vivido e ainda tanto pra viver. Amo a música. O texto. O autor. O espectador. O operador de luz, de áudio. O fotógrafo. O cinegrafista. O coreógrafo. O figurinista. Tantas almas entoando em uníssono a canção do coração. Corações emaranhados, mãos, pés, cabelos, mentes, corpos, idéias, ideais. Amo amar o bonito e o feio. Amo conhecer o passado. Amo poder ser quem eu quiser. Amo doar-me. Amo ser o ser que será sempre um outro ser. É isso que faço. É o que sou. É o que pra sempre serei.

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