""Só para os raros!" "Só para loucos!'' Louco eu devia ser e sem dúvida era um dos raros", senão aquela voz não me teria alcançado, senão aquele mundo não me teria o que dizer. Meu Deus, não estava, há bastante tempo, afastado da vida comum, da existência e do pensamento dos normais, não estava, há muito, mais do que suficientemente solitário e louco? E, no entanto, compreendi muito bem no íntimo do meu ser o chamado, o convite à loucura, o alijamento da razão, a escapada aos estorvos da convenção para entregar-me a um mundo flutuante e anárquico, da alma e da fantasia."
O Lobo da Estepe - Herman Hesse
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